Pelo menos 180 profissionais foram prejudicados pela empresa Dinamic Service nas cidades de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Com salários e benefícios atrasados, o SIEMACO ABC E REGIÃO organizou assembleias e acompanhou protestos pelo pagamento dos direitos dos trabalhadores. A empresa, contratada pelo Governo do Estado, presta serviços a centenas de escolas em diversas cidades e regiões de São Paulo. Ainda não é possível contabilizar o número de trabalhadores sem salários, verbas rescisórias, depósitos do FGTS e benefícios como vale transporte, cesta básica, vale refeição e PPR.
Conforme a Secretaria de Ensino da Região de Mauá, a empresa foi notificada e em virtude do não cumprimento de suas responsabilidades o contrato foi cancelado. “Uma nova licitação será feita para que uma outra empresa possa assumir estas escolas. De acordo com informações que temos, até quinta-feira a nova empresa estará atuando e esses trabalhadores terão prioridade na contratação”, afirmou o presidente do SIEMACO ABC E REGIÃO, Roberto Alves.
Roberto afirmou ainda que uma média de 100 profissionais já procuraram o sindicato buscando orientações. “É preciso, antes de mais nada, que sejam dadas baixas nas carteiras de trabalho. O departamento jurídico do sindicato está à disposição de todos e já ingressou com 41 processos na Justiça”, explicou.
“Não é a primeira vez que esse grupo de empresários deixou trabalhadores a ver navios. Curiosamente, a empresa DINAMIC tem o mesmo endereço comercial de outras empresas com denominação SHALOM E DESTAKE, as quais também não honraram o pagamento de seus colaboradores, e da mesma forma prestaram serviços nas escolas Estaduais de Santo André e São Bernardo do Campo o que nos dá margem de dúvidas sobre a licitude desses contratos. Além do mesmo endereço comercial, temos outros elementos que provam se tratar de um verdadeiro grupo econômico. O Governo do Estado é subsidiariamente responsável pela triste situação desses profissionais e deverá ser igualmente condenado a pagar todos os direitos dos trabalhadores”, concluiu o presidente.