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Fernanda Torres no Globo de Ouro: Um triunfo que reforça a luta por memória e justiça, diz Roberto Santiago

por Imprensa

Por Fabiano Polayna

A vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro 2025, como Melhor Atriz em Filme de Drama por sua interpretação em “Ainda Estou Aqui”, foi recebida com entusiasmo por todo o Brasil. O filme, dirigido por Walter Salles, revive a emocionante trajetória de Eunice Paiva, mulher que enfrentou a ditadura militar em busca de respostas sobre o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva. Para Roberto Santiago, presidente da FEMACO, o reconhecimento internacional da obra é um marco para a cultura brasileira e para a memória coletiva de um país que ainda luta para preservar sua história.

“Fernanda Torres não apenas deu vida a uma história, mas trouxe dignidade e força a uma narrativa que é também de milhares de brasileiros. Assim como Eunice não desistiu de buscar a verdade, os trabalhadores e seus sindicatos enfrentaram a repressão para defender direitos e construir a democracia que temos hoje”, destacou Santiago.

Um retrato necessário da história

O filme não é apenas uma obra cinematográfica; é um retrato da coragem em tempos de repressão. Eunice Paiva, interpretada com maestria por Fernanda Torres, personifica a luta pela memória e pela justiça. Na ditadura militar, assim como Eunice, muitos brasileiros tiveram que encarar a brutalidade de um sistema que silenciava e apagava histórias.

“Quando falamos de memória, estamos falando de futuro. O filme de Walter Salles nos lembra que, para avançar como nação, precisamos reconhecer as lutas do passado. Isso vale para todos: das famílias que sofreram perseguição até os trabalhadores que resistiram e organizaram seus direitos em momentos difíceis”, afirmou Santiago.

A conexão com a luta sindical

O movimento sindical tem uma ligação direta com a resistência retratada no filme. Durante a ditadura, os sindicatos foram perseguidos, líderes foram presos, e direitos foram violados. Ainda assim, o movimento permaneceu de pé, defendendo os trabalhadores e resistindo ao autoritarismo.

“Os sindicatos foram uma das últimas linhas de defesa dos trabalhadores naqueles anos. Mesmo com a repressão, conseguiram organizar greves, proteger empregos e garantir condições mínimas de trabalho. É uma história de luta que ainda inspira. O que vemos no filme é um reflexo do que muitos trabalhadores e líderes sindicais enfrentaram”, lembrou Santiago.

Hoje, os desafios podem ser outros, mas a essência da luta permanece: garantir dignidade, valorizar a memória e proteger quem faz o Brasil funcionar.

Uma Vitória de Todos os Brasileiros

Para Santiago, a vitória de Fernanda Torres transcende o cinema. Ela representa o poder da arte de manter viva a história e inspirar novas gerações. Ele acredita que, assim como a atuação de Fernanda tocou o público internacional, o filme deve servir como um chamado para que os brasileiros valorizem suas próprias narrativas.

“Fernanda Torres trouxe para o mundo uma história que é nossa. Esse prêmio não é só dela ou do cinema. É uma vitória para todos que acreditam na força da memória e na luta coletiva. É também uma lembrança de que a arte e o trabalho andam juntos na construção de um país mais justo”, afirmou Santiago.

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